Criar uma Loja Virtual Grátis

HOMILÉTICA

HOMILÉTICA


HOMILÉTICA

Uma grande realidade no ministério cristão é que a pregação da palavra de Deus não é um privilégio somente concedido a pastores com formação acadêmica, mas, de leigos também. Seria fatal para expansão do Evangelho, que precisa atingir até os quatros cantos da terra, se a ajuda da pregação do leigo fosse negligenciada. Porém, sem desdourar o aspecto da pregação simples, sem preparo acadêmico, afirmamos que, quanto maior for o preparo do obreiro com ou sem curso teológico, melhor condições terá de ser usado pelo Espírito de Deus para entregar a mensagem do reino dos céus, que visa à transformação do coração do pecador, transformando-o em filho de Deus.

O pregador precisa saber de sua importância indiscutível na grande seara; corrigir detalhes da sua apresentação quando está diante do público; dar maior ênfase à oração, a igreja e a Palavra. O pregador também precisa saber que o aspecto intelectual é algo que não deve ser rejeitado, pois muita contribuição poderá ser fornecida pela história, ciência, filosofia, etc. Àquele que foi incumbida à responsabilidade de transmitir o recado divino, este terá que ter consciência da objetividade do sermão, e não se deixar levar por variações de tantas idéias tais, que não deixam o público seguir uma linha de pensamento.

O pregador tem que saber usar corretamente o texto de onde irá extrair a sua mensagem; ter a criatividade para dar um tema interessante ao assunto que irá expor; saber começar com uma boa introdução e terminar bem, com uma conclusão que venha a desafiar o público a tomar uma posição ao final da pregação.

O pregador deve aprender a fazer o esboço de sua mensagem dentro de uma lógica com relação ao tema e o texto, sabendo distinguir o que é um sermão temático, um sermão textual e um sermão expositivo. Aquele que tem a responsabilidade de pregar deve dar o devido valor ao tesouro que são as ilustrações, e o momento certo de usá-las no púlpito.

 

 

OS PROBLEMAS DA HOMILÉTICA

 

Com certeza, a pregação hoje sofre nas várias igrejas um problema que é notado pelos cristãos:

 

a) Falta de preparo do pregador. (Pouca espiritualidade e falta de conhecimento da Palavra)

 

b) Falta de unidade no assunto. (Começar pregando uma coisa e terminar pregando outra)

 

c) Falta de vivência real do pregador na fé cristã em relação ao que ele prega.

 

d) Falta de aplicação prática às necessidades da Igreja. (Pregar assuntos que não tem nada a ver com os problemas pelos quais a igreja passa)

 

RELAÇÃO DIVINO-HUMANA NA HOMILÉTICA

Deus é o autor e inspirador da mensagem; o pregador é o veículo usado para transmitir o recado divino, e o ouvinte é o alvo a ser alcançado. Sendo assim, podemos expressar este relacionamento na seguinte ordem:

QUANTO AO PREGADOR

 

É muito importante que o pregador conquiste o público com a sua mensagem, e as pessoas vibrem com a sua experiência e autoridade. Qual o motivo do fracasso de certos pregadores em nossas igrejas? Por que pregam mensagens tão cansativas e desinteressantes? Isto é algo simples de responder: Pregam ao pé da letra que não devemos nos preocupar com o quê havemos de pregar, pois o Espírito Santo será com a nossa boca, e ao chegarem ao púlpito entregam "qualquer coisa". O pregador tem que ter em mente que o público que se b)

 

prontifica em ir a igreja ouvir a mensagem de Deus, não merece ouvir coisa cansativa e desinteressante. O pregador é o veículo chave do anúncio da Palavra de Deus, portanto, para ser eficiente no ministério da Palavra, precisa estar envolvido com os seguintes fatores:

 

 

a) Consagrado à Oração

 

O pregador precisa ter uma vida de oração para que possa transmitir o recado divino inspiradamente. O sucesso da pregação depende da intensidade da inspiração e das palavras do pregador. O fracasso de uma mensagem pode, entre muitos motivos, ser atribuído a falta de uma vida de oração por parte do pregador. Se tiver uma vida vazia de oração, sua mensagem também será vazia de vida. O requisito ORAÇÃO é o primeiro dos fatores importantes que o pregador vai precisar para o êxito da sua mensagem.

b) Consagrado à igreja

O altar é santo e é necessário que todos os que vão usar da Palavra estejam conscientes disto e tenham grande amor pela Igreja de Deus.

c) Consagrado à Palavra

 

O pregador da Palavra de Deus tem por finalidade anunciar as verdades divinas, e somente o poderá fazê-lo se tiver conhecimento destas verdades. Quanto maior o conhecimento bíblico, mais autoridade terá ao falar das coisas dos céus.

O pregador tem que ter em mente que o público precisa ficar encantado com o conteúdo da mensagem da Bíblia, e para isto, nada melhor do que exposições profundas das Escrituras.

QUANTO AO CONHECIMENTO INTELECTUAL DO PREGADOR

Na igreja encontramos pessoas de diversos níveis de cultura. Algumas com uma grande capacidade intelectual, outras com um conhecimento médio e outras com um nível intelectual pequeno. Portanto, eis a razão pela qual todo pregador tem que estar à altura do nível intelectual daqueles que irão ouvi-lo. Todo pregador precisa que seu público lhe dê crédito como orador, e, quando o pregador demonstra ter uma excelente cultura, ele obtém o respeito de seus ouvintes, e suas mensagens sempre serão interessantes.

A segurança intelectual do pregador é evidenciada das seguintes fontes de conhecimento:

1. Conhecimento Bíblico

 

2. Conhecimento Histórico

 

3. Conhecimento Científico

 

4. Conhecimento Filosófico

 

5. Experiências Pessoais

 

OBJETIVIDADE DO SERMÃO

Uma boa mensagem é objetiva desde o começo até o fim, ou seja, um bom sermão obedece a um tema desde a introdução até a conclusão.

Ser objetivo, atrair a atenção dos ouvintes e levá-los a tomar uma posição com relação ao propósito da mensagem, é essencial a todo bom pregador. Um sermão objetivo, bem dividido e bem preparado, ajuda tanto ao pregador quanto ao público. As melhores mensagens nunca são esquecidas.

Todo pregador que se preza não sobe no púlpito sem um pedaço de papel com suas anotações para serem lembradas no momento certo. Neste papel deve constar toda a divisão do sermão, ao qual chamamos de esboço. Geralmente, um esboço de mensagem consta do seguinte:

 

TÍTULO

(Texto)

 

INTRODUÇÃO

 

PROPOSIÇÃO

Sentença Interrogativa

 

Sentença de Transição

I. PRIMEIRO SUBTÍTULO

1. Primeira subdivisão

2. Segunda subdivisão

 

Sentença de Transição

II. SEGUNDO SUBTÍTULO

1. Primeira subdivisão

2. Segunda subdivisão

 

Sentença de Transição

III. TERCEIRO SUBTÍTULO

1. Primeira subdivisão

2. Segunda subdivisão

 

Sentença de Transição

 

CONCLUSÃO

 

OBS.: A quantidade de SUBTÍTULOS vai depender exclusivamente da mensagem do pregador, pois uma mensagem pode ter tanto um subtítulo, quanto vários (dois, três, quatro, etc).

 

 

 

 

TEXTO

 

É normal vermos pregadores lerem um texto com uma infinidade de versículos (um texto deste tamanho), e pregar sobre tantos assuntos diferentes, que após variar tanto o rumo do assunto em que começou a mensagem, que nem ele e nem o público sabem, no final das contas, aonde se quis chegar com o texto e com a pregação. Uma pregação cheia de variações de assuntos não deixa o público captar uma linha de pensamento dentro da mensagem. O erro acima é o de querer um texto grande com suas variedades de assuntos. Outro tipo de erro comum é aquele cometido por certo pregador que leu os trinta e seis versículos do capítulo três do Evangelho de João, e em seguida disse: "Agora, meus irmãos, vamos falar sobre João 3:16". O quê ocasionou tal pregador? Simplesmente gastou ou perdeu tempo. Cansou o público e não aproveitou quase nada do que leu. O quê seria correto fazer? Ora, se o quê ele iria pregar estava contido em João 3:16, então deveria ter ignorado os outros trinta e cinco versículos. Naturalmente, existem mensagens que estão contidas em textos com vários versículos, tais como as parábolas ou outras passagens semelhantes. O pregador deve então ler somente o necessário aonde irá basear sua mensagem, obviamente, conhecendo o contexto da passagem (as partes antes e depois dos versículos que escolheu para pregar).

 

 

CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES

Existem quatro tipos básicos de sermões que podem ser classificados em:

a) Sermão Temático

 

b) Sermão Textual

 

c) Sermão Expositivo

 

d) Sermão Biográfico

SERMÃO TEMÁTICO

 

É aquele cujas divisões principais derivam do tema, e não diretamente do texto bíblico. Isso não quer dizer que o tema não seja bíblico, mas sim que o sermão gira em torno do tema e não de uma passagem específica. Porém para que o sermão temático seja bíblico, o tema deve ser extraído da Bíblia. Um tema, por exemplo, poderia ser a fé evangélica. O sermão, então não se basearia em apenas um texto bíblico, mas em diversos versículos da Bíblia, pois a palavra fé se prolifera por toda a Escritura. O sermão baseado neste tema poderia expor a fé dos patriarcas, a fé dos mártires, a fé dos apóstolos, e assim por diante.

 

SERMÃO TEXTUAL

 

O sermão textual é aquele cujas divisões principais derivam de um texto bíblico, constituído de uma porção mais ou menos breve das Escrituras. O tema é extraído do próprio texto, e por isso o esboço das divisões deve manter-se estritamente dentro dos limites do texto.:

 

Assim, de modo diferente do sermão temático, no sermão textual o pregador se prende o tempo todo ao texto. Em muitos casos, existem passagens na Bíblia em que o próprio texto nos fornece uma perfeita divisão, isto é, as divisões são as próprias palavras do texto.

CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO TEXTUAL

1. Deve girar em torno de uma única idéia principal da passagem, e as divisões principais devem desenvolver essa idéia.

 

2. As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto.

 

3. As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em seqüência lógica e cronológica.

 

4. As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do sermão, desde que elas se refiram à idéia principal.

 

VANTAGENS DO SERMÃO TEXTUAL

 

• É Profundamente bíblico.

 

• Exige um conhecimento maior das Escrituras.

 

• Por não ser extraído de um texto grande, podemos usar ilustrações.

 

• Podemos usar este tipo de sermão para o doutrinamento bíblico.

 

 

SERMÃO EXPOSITIVO

 

É aquele cujas divisões principais se derivam do texto, e consistem em idéias progressivas que giram em torno de uma idéia principal. O sermão expositivo, assim como o sermão temático e o textual, gira em torno de um tema, mas na mensagem expositiva o tema é extraído de vários versículos em vez de um único. Por isso mesmo os vários versículos de uma passagem que dão origem ao tema único do sermão devem ser uma unidade expositiva. O sermão expositivo se baseia em uma porção extensa das Escrituras.

Pode ser alguns versículos ou um capítulo inteiro, até mesmo um livro.

O sermão expositivo é recomendado para o estudo bíblico e a Igreja depende deste tipo de sermão como alimento espiritual para conhecimento das Escrituras e fortalecimento na Palavra.

todo pregador deve ter um bom preparo para transmitir a palavra de Deus.